quinta-feira, 10 de maio de 2012

Balanço mostra que dívida do Coritiba aumentou 74%


A herança de passivos antigos é a principal justificativa do Coritiba para o salto de 74% no endividamento do clube, passando de R$ 64 milhões para R$ 111 milhões. O aumento foi apontado no balanço financeiro do clube, divulgado no mês passado.
Segundo José Roberto Scheller Junior, controler do clube, R$ 12 milhões deste montante são de dívidas trabalhistas de antigas gestões. Nos balanços anteriores só ficavam contabilizadas as pendências já julgadas, enquanto agora estão incluídas todas.
Somam-se a isso R$ 26,5 milhões de débitos tributários com a Receita Federal, a serem pagos em parcelas nos próximos seis anos, e R$ 8 milhões referentes ao capital de giro. “Tirando esses valores, chega-se a cerca de R$ 70 milhões, o que é muito próximo da receita do clube. Ou seja, devemos efetivamente o que faturamos”, conta Scheller.
O funcionário coxa-branca ressaltou que o patrimônio líquido do clube – que consiste em patrimônio versus as contas a pagar –, pulou de R$ 12 milhões negativos em 2010 para R$ 60 milhões positivos em 2011. Resultado de uma reavaliação do Couto Pereira e do CT da Graciosa, o que gerou um acréscimo de R$ 103 milhões. “Antes tínhamos prejuízo todo ano. Agora temos um legado que conseguimos equalizar”, afirma.
Apesar de garantir que os débitos são provenientes de gestões anteriores, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade preferiu não culpar os antigos dirigentes. “A missão de um presidente é complicada. A cada queda [para a Série B do Brasileiro] a renda da televisão e dos sócios diminuía pela metade”, pondera.
O aumento do endividamento foi apontado em um estudo da Pluri Consultoria. A empresa destacou também que, entre os 13 clubes que faturam mais de R$ 50 milhões por ano, o Coritiba foi o que teve o maior crescimento de receita (117%).


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